sábado, 12 de junho de 2010

Paté de Camarão (sem Camarão)

Esta primeira receita é a mais antiga memória que tenho de minha infância. No nosso frigorífico havia sempre um ou mais frascos de paté que minha mãe fazia.


Agora um pouco da história da receita:


Em Recife há um jornal (Diário de Pernambuco) que tinha, aos domingos, um caderno especial dedicado às mulheres. Para apoio do mesmo foi criado um clube (Clube das Abelhinhas do Diário de Pernambuco). Nesse clube aprendíamos de tudo um pouco. Lembro-me que a jóia que se “pagava” para pertencer ao clube era, pelo menos uma vez, ensinar qualquer coisa que soubéssemos ao grupo que se inscrevesse. Aprendi bem mais do que ensinei e, ainda hoje, tenho saudades do clube.


Esta receita foi aprendida no Clube das Abelhinhas. Costumava fazer nos aniversários de minhas filhas, quando eram pequenas. Durante anos perdi-a junto com o caderninho de receitas de minha mãe. No ano passado, conversando com minha irmã sobre a pena que tinha de a ter perdido ela disse: Mas eu sei fazer. Minha vida não seria a mesma sem esse paté.


Aqui fica a receita do famoso Paté de Camarão (sem Camarão)


É verdade. Sabe mesmo a camarão mas não leva nada que se pareça com ele. Nos tempos que correm, de dificuldade económica, esta receita vale muito. Aconselho-vos vivamente a fazer e saborear esta minha primeira receita.


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Paté de Camarão (sem Camarão)


Ingredientes:


Pães – 3
Leite – 2 copos (5 dl.)
Pimentos sem sementes mas com pele – 1 médio (130 gr.)
Tomates, sem sementes mas com pele – 3 pequenos (280 gr.)
Cebola – 1 pequena (150 gr.)
Polpa de tomate – 2 colheres de sopa rasas
Sal – a gosto
Queijo parmesão ralado – 1 pacote (40 gr.)


Modo de fazer:


Colocar o pão, esmigalhado, no leite.
Bater no liquidificador o pimento, o tomate e a cebola. Por fim juntar o pão demolhado. Virar tudo para uma panela e acrescentar polpa de tomate para dar a cor.
Levar ao fogão para cozer até fazer “ploc ploc”. Desligar o fogão e juntar o queijo ralado, mexendo sempre. Por fim, verificar o sal.
Deixar esfriar e guardar no frigorífico em frascos de boca larga.
*


Nota:
1 – O que transforma o paladar é o último ingrediente (queijo parmesão ralado).
2 – O ideal será servir em tacinhas com tostas ao lado. Quando éramos crianças barrávamos o pão. Era um luxo. Por brincadeira minha mãe dizia que comíamos pão com pão.
*

2 comentários:

  1. Obrigada pela participação.
    Boa sorte

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  2. Obrigada pelos votos de boa sorte, Orquídea.

    Já agora, a quem interessar, esqueci-me de dizer que esta minha receita está a participar de um desafio proposto pelo blog:
    http://criatividade-em-movimento.blogspot.com/
    Vão lá e vejam que blog fantástico.

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